Padre confirma comentários e diz que é sua obrigação
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Uma moção de repúdio assinada por nove dos 11 vereadores de Pereira Barreto foi encaminhada ao bispo da diocese de Jales, à qual pertence a igreja católica em Pereira Barreto, pedindo que o padre seja formalmente repreendido pelos comentários feitos durante suas missas.
Ocorre que, paralelamente à reclamação contra o sacerdote, os 11 vereadores, assim como 11 ex-assessores parlamentares e um diretor da Câmara são arrolados em ação movida pelo Ministério Público de Pereira Barreto, pedindo que todos sejam condenados pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e peculado (desvio de dinheiro público), por terem mantido até pouco tempo supostos funcionários fantasmas no Legislativo.
Conforme mostra a reportagem da TV TEM, um grupo de moradores chegou a fazer uma carreata pela cidade, em defesa do padre, que confirma ter feito observações durante as missas de final de ano sobre o que acontece no Legislativo, porém sem citar nomes.
"Hoje, me encontro com a consciência tranquila. Minha função como pastor é saber ajudar e orientar a comunidade a tomar um posicionamento. Não incriminei ninguém, apenas citei a corrupção em Brasília e falei sobre o caso dos assessores fantasmas", disse à emissora de televisão.
Os comentários do sacerdote enfurecerem a grande maioria dos parlamentares. "Fomos chamados de desonestos, que existe corrupção na Câmara, sem ter conhecimento do que está acontecendo. Usar um lugar de fé para falar o que foi falado, foi feito em um local impróprio e é dessa maneira que o poder Legislativo está encarando isso", também declarou à TV TEM o presidente da Câmara, Laerte Venâncio Alves, do PR, partido que, no Congresso Nacional, compõe a chamada “bancada evangélica”.
O bispo diocesano de Jales, dom Luiz Demétrio Valetin, confirmou ter recebido a moção. No entanto, diz que ainda não conversou com o padre de Pereira Barreto pelo fato de ele estar em período de férias.
AtaNews
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