O nome dele é Rafael Lusvarghi. No dia 23 de junho, ele foi preso pela Polícia de São Paulo, acusado de integrar a turma dos black blocs, aqueles delinquentes que saem quebrando tudo por aí para, segundo dizem, contestar o capitalismo.
No dia 12 daquele mês, já havia sido detido pela polícia numa manifestação de rua, como a gente vê abaixo. O rapaz faz a linha “fortão”. Setores da imprensa caíram de amores por ele. Afinal, parecia tão inocente…
Houve até quem o considerasse um esteta. Ao ser preso pela segunda vez, tinha uma cicatriz no rosto. Marca da “luta”? Não! Como informou a VEJA, então, o falso machucado fora feito no dia 17 de junho, enquanto o Brasil jogava contra o México, em um estúdio de tatuagem em Jundiaí, na Grande São Paulo. A técnica é chamada de escarificação e consiste em criar na pele um corte milimetricamente desenhado na base do bisturi. Vejam.
Lusvarghi cansou de brincadeirinhas de moleque truculento. Tudo indica que ele quis emoções mais fortes, segundo informa Kleber Tomaz, no G1. Vamos lá. A justiça de São Paulo o absolveu das acusações de liderar protestos com depredações portando explosivos. Além dele, o estudante Fabio Hideki Harano, que também ficou detido pelos mesmos crimes, foi inocentado. Nota à margem: Harano passou a ser tratado por certos mistificadores da imprensa como um… pensador!
Agora ao ponto. Lusvarghi diz no Facebook que já integra forças separatistas na Ucrânia. E publicou fotos em que aparece armado, com uniforme militar. Ele havia anunciado essa intenção no mês passado. Tudo indica que conseguiu o seu intento. Na rede social, anunciou a sua chegada à Praça Vermelha, em Moscou, e se disse grato àqueles que tornaram isso possível. Abaixo, ele aparece à frente de um tanque e com um fuzil nas mãos, já em território ucraniado. Ele também ganhou um nome de guerra: “Rafael Fernandovich Marques Lusvarghi (Cachaça)”.
Segundo informa o G1, Rafael já tinha viajado antes à Rússia: “Lá, estudou administração, onde ganhou de um professor o apelido de Riurik Varyag Volkovich, da dinastia Rurik. Tentou entrar para o Exército russo, mas não conseguiu e voltou à América do Sul. Contou ter entrado no território colombiano, onde ingressou nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).”
Assim, meus caros, não se espantem ao saber que há pelo menos dois mil combatentes ocidentais nas fileiras do Estado Islâmico. A demência política não distingue céu, não é mesmo?
Os que, por aqui, decidiram tratar este rapaz como um sonhador inofensivo se dão conta, agora, da estupidez.
Por Reinaldo Azevedo
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